Espalhadas pelo mundo, elas possuem estilos diferentes e abordagens criativas curiosas. Não se limitam apenas a uma área, algumas delas mesclam seus talentos em design, moda e arquitetura, e outras seguem o poder do minimalismo. Mas todas com um objetivo em comum: construir a história e referências femininas no design e na arquitetura.
Confira dois grandes nomes para se inspirar:
Lina Bo Bardi
Uma das arquitetas de maior importância e expressividade na arquitetura brasileira do século XX, Lina estudou arquitetura na Faculdade de Arquitetura da Universidade de Roma e, logo após se graduar, mudou-se para Milão, onde foi editora da Revista Quiaderni di Domus após ter trabalhando para Gio Ponti.
A arquiteta ítalo-brasileira, foi responsável por diversas obras icônicas, como: MASP, SESC Pompéia, Casa de vidro, entre outros. A sensibilidade de Lina, foi responsável por contribuir não apenas para arquitetura, mas também cenografia, artes plásticas, desenho de mobiliários e design gráfico, além das contribuições teóricas com abordagem social. Para Lina, “…a verdadeira liberdade só pode ser coletiva. Uma liberdade ciente da realidade social”.
Atualmente, todos os documentos projetuais, fotografias, desenhos, maquetes, croquis, objetos, textos e filmes de projetos construídos e não construídos encontram-se em seu acervo no Instituto Lina Bo e P. M. Bardi, localizado na residência onde o casal viver por décadas.
Iris Apfel
Em 2021, Íris completou seu centenário e comemorou lançando uma coleção desenhada por ela para H&M. Na sua própria bio do Instagram, deixa claro que “More is more & less is bore” – Mais é mais e menos é entediante -, contrapondo a ideia modernista do arquiteto Mies Van der Rohe, que dizia que menos é mais. Iris trabalhou no jornal de moda Women’s wear daily, e construiu uma carreira intensa no mundo dos tecidos, inclusive é conhecida até hoje como primeira dama dos tecidos.
Os revestimentos e estampas estavam nas melhores casas do país, assim como seu toque de decoradora. Até mesmo a Casa Branca, durante o mandato de nove presidentes (entre eles os Kennedy) teve reformas coordenadas por ela. A Casa do Estado, em Mississipi, e museus ao redor do EUA também ganharam algumas de suas estampas, já que ela era conhecida como uma das mulheres mais elegantes e com boas referências do ramo.