Fundadora da Escola de Moda Cá Cavalcante, Camila Cavalcante, é uma das poucas consultoras brasileiras de moda certificada pela escola de Alyce Parsons, criadora do método
Para uma mulher sentir-se bem e bonita com a roupa que veste, ela não precisa somente formar seu “look” de acordo com manuais da moda, utilizando as peças e cores que estão em voga na última temporada. Ela precisa que seu estilo esteja de acordo com sua essência, que reflita seus padrões de comportamento e esteja intimamente relacionado ao seu estilo de vida. A metodologia criada pela consultora de moda norte-americana Alyce Parsons, denominada os sete estilos universais, se propõe exatamente a isso.
Uma das poucas consultoras brasileiras de moda certificada pela escola de Alyce Parsons, a criadora da Escola de Moda Cá Cavalcante, Camila Cavalcante, conta que a metodologia nasceu no final da década de 1980 como uma resposta a um impasse no mundo da moda relacionado ao estilo de roupa das mulheres com 50 anos de idade. “Até aquele momento era muito fácil para os estilistas criarem vestidos para suas clientes nessa faixa etária, pois elas costumavam se vestir de forma bem discreta. A partir dos anos 1980, isso mudou completamente”, explica. Isto porque os padrões de comportamento se modificaram.
Assim, relata Camila, Alyce Parsons fez um mapeamento para identificar os padrões de preferência de consumo das mulheres e concluiu que estes permaneciam basicamente os mesmos ao longo da vida, principalmente se estivessem conectados com a essência da pessoa. A consultora de moda foi uma das que forneceu a bases teórica para a práticas dos estilistas da época, que descobriram que suas roupas deveriam, a partir daquele momento, serem criadas tendo em vista, não a faixa etária da cliente, mas seu “lifestyle”.
Os sete estilos universais são divididos em dois tipos gerais: o básico, composto pelos estilos clássico, contemporâneo e casual; e complementar, formado pelos estilos romântico e sensual, caracterizados como femininos, e pelos estilos dramático e criativo, considerados estilos de personalidade.
O interessante dessa metodologia segundo Camila, é que os estilos não são definitivos. “Muitas mulheres têm receio deste método, porque acreditam que vão ficar presas a um único estilo, mas, de fato, ele é mais um direcionamento, uma base de autoconhecimento, para que tenham autonomia para incorporar diversos estilos sem que busquem se encaixar em um estilo com os quais não se sentem bem ou bonitas, porque não representa a elas mesmas”, diz.
Aliás, ressalta a criadora da Escola de Moda Cá Cavalcante, o ideal é que as mulheres não tenham apenas um estilo de peças em seu guarda-roupa – até três é o recomendado. “Quando isso acontece, quando a mulher só tem um estilo de roupa, ela limita-se em termos de comunicação não verbal”, diz. Além disso, conforme Camila, quando a mulher tem um guarda-roupa constituído só de um estilo, ela tem a sensação de que não tem roupa suficiente para todas as ocasiões de seu estilo de vida.
Por fim, Camila destaca que para a mulher ter mais certeza sobre o seu estilo ideal, ou conjunto de estilos ideais, dentro do método dos sete estilos universais, ela busque os serviços de uma consultora de estilo. Conforme a criadora da Escola de Moda Cá Cavalcante, esta profissional é a mais capacitada para analisar as preferências de consumo e comportamentais de sua cliente, e alinhar o estilo de moda com seu estilo de vida e com as mensagens que deseja transmitir através de suas roupas.
“Se você busca o autoconhecimento, a melhor compreensão de seus estilos, para conseguir alinhar a sua essência à sua imagem externa, tornando-se apta a comunicar-se de forma não verbal de maneira mais assertiva, contar com a ajuda de uma consultora de moda e estilo é fundamental”, conclui Camila.