A ascensão das cafeterias das Marcas de Luxo na China

O café se tornou parte da cultura das pessoas, além do sabor e de como ele mantém as pessoas enérgicas, o café representa uma espécie de consolo quando as pessoas estão realizando horas extras no trabalho, então as marcas de luxo agora estão aproveitando a imagem do café para se tornarem mais acessíveis e se conectarem emocionalmente com os jovens (geração millenials e Z).

Segundo a Euromonitor, em 2018, o consumo médio per capita na parte continental da China foi de 4,7 xícaras. Esse número subiu para 9 em 2021, conforme relatado pelo White Paper da Deloitte sobre a indústria de café fresco da China. Mais importante ainda, nas cidades de primeiro e segundo níveis, onde a bebida se tornou um hábito para muitos, são consumidas em média 300 xícaras de café por ano, o mesmo número de um mercado de café mais sofisticado. O café não está mais na moda – faz parte da rotina diária.

De acordo com a iiMedia Research, a indústria valia US$ 60 bilhões (381,7 bilhões de RMB) em 2021, com um aumento anual estimado de 27,2%. Em 2025, o valor de mercado deverá atingir US$ 157 bilhões (1.000 bilhões de RMB).

A Starbucks está envolvida em controvérsias, desde maneiras inadequadas de funcionários até aumentos de preços. Se manterá a liderança no mercado de cafeterias chinesas, continua sendo uma discussão atual. Enquanto isso, redes de cafés chinesas como Luckin, Seesaw e Manner tiveram um rápido desenvolvimento e ganharam injeções financeiras de investidores.

Devido à rápida expansão do setor, todos querem agora um pedaço da ação – incluindo “outsiders”. O China Post abriu sua primeira cafeteria chamada “Post Coffee” no Dia dos Namorados. Alguns dias depois, a Goubuli, uma empresa de alimentos de Tianjin, estabeleceu formalmente uma empresa chamada Gao Leya Coffee Food (Tianjin).

À medida que o setor se tornou mais competitivo e sofisticado, os principais players de ponta também estão mergulhando, como a Blue Bottle Coffee, que abriu sua primeira loja no continente no mês passado. Diante de tais desenvolvimentos, como surgiu esse vasto mercado? E como as marcas de luxo aproveitaram essa oportunidade?

Marcas de luxo aproveitam o boom do café 

Em 1998, a Armani abriu seu primeiro Emporio Armani Caffè & Armani/Ristorante, em Saint-Germain, Paris, tornando-se a primeira marca de luxo a abrir uma cafeteria, depois, marcas como Louis Vuitton, Dior, Chanel, Fendi, Tiffany e Gucci entraram no negócio, abrindo cafés em todo o mundo. 

Na China, além de abrir cafeterias como Tiffany Blue Box Café e Burberry Thomas’s Café, as marcas de luxo tendem a criar lojas pop-ups e eventos para engajar seus clientes, principalmente na era pós-pandemia. A Prada lançou sua loja pop-up “Prada Garden” no Jiya Gathering, uma cafeteria na Wukang Road, Xangai, e a Louis Vuitton transformou o Yuyuan Shopping Center (que abriga cafés, galerias de arte e lojas de moda) em uma boutique e cafeteria pop-up. A Fendi ao lançar sua coleção cápsula de esportes de inverno, apresentou o FENDI CAFFE no Changbaishan International Resort, um destino de esqui localizado no norte da China.