Aéreas Intensificam Investimentos em Tecnologia para Mitigar Atrasos e Cancelamentos de Voos

Um estudo recente conduzido pela Amadeus revelou que as companhias aéreas estão ampliando seus investimentos em tecnologia para lidar com os persistentes desafios de atrasos e cancelamentos de voos. Em meio a um cenário onde os índices de interrupções permanecem 300% acima das médias históricas, cerca de 64% das companhias aéreas estão direcionando recursos para implementar novas tecnologias visando aprimorar sua capacidade de resposta diante dessas situações.

Executivos sêniores de companhias aéreas e aeroportos foram entrevistados para o estudo, e a maioria expressou a expectativa de que os níveis de interrupções, abrangendo tanto cancelamentos quanto atrasos de voos, permaneçam elevados. De fato, mais da metade dos executivos consultados (52%) indicaram que suas organizações estão enfrentando mais interrupções do que em 2019, comparativamente a um terço que relatou uma diminuição.

“Em 2022, as companhias aéreas enfrentaram desafios relacionados a fornecimento e recursos humanos, porém, em 2023, estão lidando simplesmente com um retorno sem precedentes na demanda. Esse cenário é, sem dúvida, bem-vindo, mas traz consigo seus próprios desafios operacionais”, afirmou Harry Grewal, diretor de Infraestrutura e Experiência do Cliente da Iata.

O impulso para os investimentos das companhias aéreas em tecnologia é impulsionado principalmente pelo desejo de “melhorar a imagem pública” (70%), seguido de perto pelo objetivo de “aumentar a experiência do passageiro” (66%), com a meta de “reduzir custos” em terceiro lugar (34%).

Entretanto, embora a tecnologia seja uma aliada crucial para as companhias aéreas, também é vista como uma vilã nos aeroportos, onde os líderes desses locais apontam a “falta de tecnologia comum que integre as partes interessadas” como seu principal desafio ao responder às interrupções (50%).

Diante desse panorama, todos os aeroportos pesquisados afirmaram estar planejando investir em tecnologia em seus Centros de Controle Operacional para aprimorar a gestão das interrupções, sendo que um quarto deles pretende fazer isso nos próximos 12 meses.

Holger Mattig, vice-presidente sênior de Gestão de Produtos da Amadeus Airport & Airline Operations, destacou: “As interrupções representam um desafio extremamente complexo que exige cooperação entre companhias aéreas, aeroportos, operadores de solo e outros envolvidos. Infelizmente, ainda há muitos silos de informações na aviação, o que impacta a resposta geral e, em última análise, os passageiros. No entanto, percebemos uma determinação genuína em todo o setor para superar as tensões históricas e adotar uma abordagem mais integrada e centrada no viajante para lidar com as interrupções, impulsionada pela tecnologia compartilhada”.