Afeto é identidade: como transformar a casa em um espaço com história e alma

A arquiteta Claudia Wendhausen acredita que a arquitetura deve refletir quem mora ali. E que o bom projeto é aquele que equilibra estética, memória e funcionalidade — sem fórmulas prontas ou a frieza da tendência pela tendência.

“Precisamos colocar a alma no lugar que é o nosso ponto de encontro com a gente”, resume.

Abaixo, ela compartilha cinco pontos essenciais para quem quer fugir da obviedade e criar uma casa com autenticidade:

1. Identidade importa
Valorize o que é único. A sua história, os seus objetos, as suas referências. Um espaço ganha personalidade quando não tenta imitar, mas revelar.

2. O móvel tem memória
Um móvel antigo, uma peça herdada, uma lembrança de viagem. São itens que ultrapassam a função decorativa — e se tornam parte da narrativa da casa.

3. Emoção é projeto
Não existe beleza sem sensação. Aposte em espaços que acolham, que toquem, que façam sentido. A casa deve provocar bem-estar.

4. Restaurar é resistir
O restauro de peças afetivas é mais do que reaproveitamento: é uma escolha por manter viva uma memória. E isso também é sustentabilidade.

5. Entre o ontem e o agora
É possível — e desejável — equilibrar elementos contemporâneos com peças que carregam história. O contraste, quando bem pensado, só valoriza o todo.

No fim, uma boa casa não é só bonita. É a que emociona, porque tem alma.