Aos 23 anos, escritor catarinense lança a trilogia de fantasia “As Crônicas de Eredhen”, em Florianópolis

Um dos gêneros literários de ficção onipresente nas listas de mais consumidos, tanto no Brasil quanto no mundo, a fantasia transporta seus leitores para universos de magia, com seres extraordinários e enredos sobrenaturais. É neste ambiente que o catarinense Leonardo Neves de Albuquerque, de 23 anos, mergulha profundamente em sua mente criativa para lançar a trilogia “As Crônicas de Eredhen”, pela Editora Schoba. O lançamento das obras será no dia 26 de maio, às 19h, na Livraria Catarinense do Beiramar Shopping.

Advogado, nascido em Florianópolis, Leonardo disseca minuciosamente em mais de mil páginas da trilogia a jornada do jovem brasileiro Bruno que, após ser presenteado com uma safira, ganha a possibilidade de transitar entre mundos. Resumidamente, ao ser transportado para um dos reinos de Eredhen, o protagonista desenvolve habilidades mágicas para, junto aos seus aliados, enfrentar e combater as maldades do temido Rei dos Ossos.

As primeiras histórias desta incursão do precoce escritor, muito antes de colocá-las, literalmente, no papel, ocorrem no final de um intercâmbio, durante uma viagem acompanhado dos pais e do irmão mais novo, Bruno, que inclusive dá nome ao protagonista da saga.

“No segundo ano do Ensino Médio, fiz um intercâmbio para o Canadá. Ao final, meus pais foram me buscar e enquanto fazíamos as viagens pelo país eu gostava de entretê-los. Comecei a criar uma história a partir de um jardim, desenvolvendo ela aos poucos, para entreter especialmente o meu irmão. E ele sempre pedia para recontá-la”, relembra.

De volta ao Brasil, o então estudante – fã, naturalmente, dos clássicos Harry Potter, Percy Jackson e Star Wars, assim como do escritor best-seller Stephen King -, começou a ampliar a ideia embrionária, ainda bem inicial. 

“Sempre tive aquele fascínio pela escrita, sempre foi um sonho publicar o meu livro. Na época do cursinho pré-vestibular terminei o primeiro capítulo, ainda um rascunho bem bruto. Mas certamente fui desenvolvendo a história na minha cabeça, escrevendo os capítulos iniciais. O meu objetivo principal era colocar tudo no papel”, recorda o advogado.

Com o primeiro volume impresso, em mãos, ele entrega aos pais – os maiores incentivadores – que fazem algumas correções. Em seguida, encaminham a uma professora orientadora de textos acadêmicos, amiga da família. Leonardo comenta o incentivo dado à época: “Ela sempre gostou muito do meu trabalho, ao terminar de ler esta primeira versão, ela me chamou e disse: ‘Tu és um escritor’. Aí eu realmente vi que poderia ir além”.

Autodidata, em 2018, o primeiro volume da trilogia foi enviado para uma editora que decidiu publicá-lo. Agora, com as três obras prontas, ele faz o lançamento completo. E prestes a embarcar para mais uma imersão cultural – um mestrado em Londres sobre Propriedade Intelectual -, o escritor catarinense pretende dividir sua agenda entre os estudos e as histórias para uma nova obra literária.

“Acho que escrevo em parte pelo escapismo, uma forma de viver outras vidas. Tenho vontade de continuar escrevendo muito mais. Tenho outras histórias no forno e a ideia de escrever também em inglês”, finaliza.

Fotos: Rudi Bodanese