Dicas gastronômicas e culturais de São Paulo by Mel Cotrofe.
Como o site tem como leitor pessoas tão antenadas, como a própria Carol, optei por um roteiro eclético, bem paulistano, valorizando a cultura, a boa culinária, mesclando o tradicional com o contemporâneo, e para melhor situá-los os separei por bairros:
1 – Ibirapuera/ Vila Nova Conceição – Se estiver na região do Ibirapuera sugiro que comece seu dia com um café da manhã tipicamente francês, na Boulangerie do hotel Grand Mercure (Av Sena Madureira), imperdível o croque monsieur, croissant, mas o mil folhas sem dúvida é o carro chefe, e virou meu docinho do coração! Depois desta explosão de calorias, sugiro que aluguem uma bike no Ibirapuera, conheçam o parque, seus museus, especialmente o pavilhão japonês (confiram o site do parque porque sempre rola um show especial no auditório (www.parquedoibirapuera.com.br), e acho luxo um mini picnic com rosé e frutinhas… Não deixem de atravessar a ponte que liga o parque ao MAC – Museu de Arte Contemporânea – e conheçam em seu rooftop a vista 360 graus mais linda de São Paulo, mas antes, a parada obrigatória é no 3o andar para a exposição do espetacular fotógrafo Flieq. Por falar em rooftop, outro que eu amo é o Skye do Hotel Unique, ideal para um drink no fim de tarde ou apreciar a lua cheia, sugiro fazer reserva porque o restaurante comandado pelo Chef Emmanuel Bassoleil é muito concorrido, com filas de espera no térreo do hotel. Ainda perto do parque, Na Vila Nova Conceição, para os mais saudáveis e que não dispensam um agito e pessoas bonitas, sugiro para o almoço o bistrô Le Manjue Organique, continuando na Vila, quase no Itaim, a dica mais preciosa é a culinária árabe do Brasserie Victória, inaugurado em 1947, com um rodizio fenomenal, doces divinos, mas obrigatório mesmo é pedir a esfiha folhada e a esticadinha (www.brasserievictoria.com.br). Como restaurantes italianos indico o Tre Bicchieri, o La Grassa e o La Madonnina Ravioli – todos espetaculares! Para comida japonesa, não deixe de conhecer o Momotaro.
2 – Paraíso – No paraíso você estará quando chegar no Sushi Kiyo, restaurante tradicional japonês, sem badalo, mas o diferencial é que lá você encontra o Sr. Kiome, último da leva dos primeiros sushiman japonêses que aportaram no Brasil. Todos os pratos são impecáveis, mas os que viciam são o shan-pon e o uni. Ainda no Paraíso, pulando para outro restaurante tradicional, recomendo o Dinhos, inaugurado em 1961, ele surpreende pela contínua qualidade, e é considerado o melhor churrasco à la carte. Nas quartas e sábados você pode optar pela feijoada mais famosa de São Paulo e nas sextas a mesa de frutos do mar é de comer rezando, sugiro a lagosta e o camarão grelhados. Não deixem de experimentar o meu novo “drink do verão” feito com muito gelo, vinho do porto rosé e outros segredinhos… (www.dinhos.com.br)
3 – Jardins – Nosso bairro queridinho, que dispensa qualquer apresentação, então separei alguns imperdíveis, para um café passe no Santo Grão da Oscar Freire; para beber, petiscar e fumar um charuto vá à Tabacaria Ranieri; para degustar uma pasta veramente buonna, indico o Pizelli, as pastas são artesanais e as prediletas são nhoque al sugo napolitano e o raviolli alla piemonte. Ainda nas pastas, são imperdíveis o carbonara e o alla pescatore do Tappo. Para apreciar a culinária francesa vá a calçadinha do Le Jazz e peça um rosé com le moules frites no Le Vin ou um rosé com risoto de camarão.
Para um agito noturno completo, sugiro o roteiro clássico, que aprendi com meu amigo Edu Barranco, mas deve ser respeitados pela ordem:
- Jantar no Alluci Alluci, recém reformado, com novidades imperdíveis no cardápio – sugiro de entrada os rolls de cabra, atum selado. Se delicie com as novidades!
- Drink no lobby do Fasano, melhor dry Martini da cidade!
- Saideira no REX.
Data especial… vá ao D.O.M e conheça a culinária do chefe mais premiado do Brasil – Aléx Atala. Ele também é proprietário do restaurante Dalva e Dito, e através do seu Instituto ATA, recentemente lançou uma campanha que mescla a gastronomia, com a cultura e natureza, vale a pena se inteirar nesta nova proposta gastronômica que tem o hashtag #eucomocultura.
4 – Vila Madalena/ Pinheiros – Para um bom chopp e paqueraa, vá ao Bar do Jacaré, Genésio, Che Bárbaro, Quitandinha e o sub-Astor. Opções culturais não faltam, a exposição do pintor Salvador Dalì no instituto Tomie Ohtake é imperdível, e depois caminhar duas quadras você pode almoçar ou jantar no Tartar & CO, minhas sugestões são o Clericot e os cones de tartar, o astro do programa Master Chef, Erick Jacquim, é um dos proprietários e sempre está por lá.
#temqueirUrgente: Recomendo ir no Bar da Dona Onça, que fica no térreo do famoso edifício Copan, construído na década de 50 pelo arquiteto Oscar Niemeyer. A vista do rooftop é maravilhosa, visita só agendada, de seg a sexta: 10:30 e 15:30 (Av Ipiranga, 200- tel 3259-5917). Agora se estiver com mais tempo, vá conhecer o restaurante Mocotó, ou a esquina mocotó, peça de entrada o dadinho de tapioca e as caipirinhas, que são maravilhosas, em especial as que levam rapadura. O chef Rodrigo Mocotó também faz parte do movimento #eucomocultura. O restaurante é meio fora de mão, mas vale a viagem.(www.mocoto.com.br).
Espero que goste desta São Paulo, já que a cada dia que passa e pra cada um ela é uma. E como diz Caetano Veloso: “São Paulo é como um mundo todo”.