A partir de um drinque recebido por uma mão desconhecida em uma balada, o destino de uma mulher é alterado. Essa é a trama do curta-metragem Efeito Desterro, produzido em dois dias para a 48 Hour Film Project, maior e mais antiga competição audiovisual do mundo. O filme, feito em Florianópolis, mais precisamente no Ribeirão da Ilha por moradores do bairro, terá exibição exclusiva na Capital catarinense nesta sexta-feira (18), às 20h, durante o 1º Festival Lanterna Mágica de Cinema Catarinense – Mulheres da Ilha.
A procura pelo festival, que vai até domingo, foi grande e a produção decidiu abrir uma sessão extra na sexta-feira, além de mais vagas para sábado e domingo, que já estavam esgotadas. Além de Efeito Desterro, serão reexibidos também os curtas “Estilhaços”, Julie de Oliveira, e “Nos habíamos amado tanto y detestado sin pudor”, de Solana Llanes. Os ingressos podem ser retirados no Sympla e todas as sessões ocorrem na Velha Guarda Choperia Artesanal, no Ribeirão da Ilha.
Festival traz mulheres na direção e como protagonistas
Em Efeito Desterro, a ficção parte do caso real de Mariana Ferrer, que em 2018 foi estuprada em um beach club de Florianópolis – Santa Catarina. O filme foi criado durante o 48 Hour Film Project, projeto em que os curtas devem ser produzidos em apenas dois dias. O tema é escolhido pela equipe, mas precisa seguir critérios estabelecidos pela competição, como gênero, objeto em cena, uma frase específica e o nome da personagem.
No Festival Lanterna Mágica, o público poderá conferir em primeira mão o curta, que acaba de ser selecionado para o Festival IberoÀ 2022, nos EUA, evento que reúne os melhores filmes produzidos nesse formato.
Para a diretora Fernanda Ozório, Efeito Desterro traz elementos simbólicos deste e de outros casos semelhantes.
“O caso foi uma inspiração, mas não recriamos um passo a passo. Adaptamos e alteramos a história para abordar uma situação que tem cada vez mais visibilidade pelo grande número de denúncias de violência contra a mulher em locais de entretenimento”, explica Fernanda. O filme tem produção do Coletivo Lanterna Mágica. Assista ao trailer aqui.
O 1º Festival Lanterna Mágica de Cinema Catarinense – Mulheres Da Ilha foi criado pelo Coletivo Lanterna Mágica, formado por Fernanda Ozório, da Volo Filmes & Fotografia (idealizadora e produção geral), Emanuele Weber Mattiello e Vivian Badofszky (curadoras), Guilherme Luiz Porte (produtor) e Juliano Pfutzenreuter Nunes (direção de produção). Projeto selecionado pelo Edital Aldir Blanc 2021 e executado com recursos do Governo Federal e Lei Aldir Blanc de Emergência Cultural, por meio da Fundação Catarinense da Cultura.
1º Festival Lanterna Mágica de Cinema Catarinense – Mulheres da Ilha
Onde: Velha Guarda Choperia Artesanal – Rod. Baldicero Filomeno, 7260 – Ribeirão da Ilha, Florianópolis
Quanto: gratuito – confirme a presença pelo Sympla
O evento cumprirá todos os protocolos de segurança e comprovantes de vacinação contra Covid.
Mais informações – @coletivolanternamagica
Confira a programação completa:
18 de fevereiro
20h – Exibição dos curtas:
Efeito Desterro. Direção: Fernanda Ozório. Classificação: Livre
“Estilhaços”. Direção: Julie de Oliveira. Classificação: 16 anos
“Nos habíamos amado tanto y detestado sin pudor”. Direção: Solana Llanes. Classificação: 12 anos
19 de fevereiro
20h – Exibição e roda de conversa – Documentário “Mulheres da Terra”. Direção: Marcia Paraiso (Plural Filmes). Classificação: Livre
21h – Roda de Choro. Classificação: Livre
20 de fevereiro
20h – Exibição e roda de conversa – Curta “Baile”. Direção: Cíntia Domit Bittar (Novelo Filmes). Classificação: Livre
21h – Esquete Contas do Mar. Classificação: Livre
20h às 22h – Exposição com artesãs do Ribeirão da Ilha. Classificação: Livre