Marcelo Salum assina a Sala Kidron na CASACOR Santa Catarina

A CasaCor está de portas abertas até o dia 25 de Novembro, no bairro Santo Antônio de Lisboa. Com inspiração na arquitetura e decoração que envolve a exposição, iremos trazer para o site um post por dia de ambientes que envolvem a edição deste ano. Começando pelo arquiteto Marcelo Salum!

O conceito nômade é interpretado pelo arquiteto na Sala Kidron. O movimento do deslocar-se, para o arquiteto, ganha outro significado no espaço de 60 metros quadrados projetado para um médico terapeuta, que recebe por ali amigos e pacientes para conversas de aprendizado e aprofundamento das questões da alma. Vai muito além do fato de não estabelecer morada fixa. 

“Esse conceito vem da própria palavra nômade que significa que o personagem não tem morada fixa e se desloca constantemente de lugar. Faço analogia com a própria natureza humana que está sempre em movimento, expandindo e retraindo. Trazendo essa denominação para a arquitetura podemos dizer que o que é sólido se desfaz no ar, se transforma em outro lugar”, explica o arquiteto. 

Neste território que descortina as dunas do deserto, o ambiente foi criado com elementos que remetem a este eterno fluxo. Uma massa de pedras ornamentais – preciosas e semipreciosas no tom bege – cobre paredes e teto. No piso a pedra de Limestone faz menção a lembrança da areia e reforça a ideia de transitoriedade. 

O tema também inspirou as recentes criações do seu estúdio Fresa, em soma com o designer Frederico Cruz, lançadas no espaço, como o sofá, um par de poltronas, outro de mesas e uma chaise longue. “Exploramos as formas arredondadas com visual despojado, priorizando conforto”, conceitua. O mobiliário contracena com objetos de antiquários e peças assinadas por Aristeu Pires, Lattoog e Moooi. 

“Nos tecidos a cor predominante é o rosa queimado deslocando o tom das paisagens de algumas regiões do Oriente Médio. Algumas pinceladas de azul marinho transportam a lembrança do crepúsculo, horário tão importante para o povo dessa região. Para a decoração foram produzidas almofadas e pufes de Jogin, mantas antigas usadas em tendas Iranianas”, conta Salum.