Mulheres empreendedoras movimentam o setor da moda em lojas colaborativas

Movimentar o setor da moda, empreender e valorizar o design local e autoral são algumas das premissas das lojas colaborativas. Em Florianópolis, as amigas Beatriz Freitas Ribeiro, 27 anos e Camila Yumi Kawata, 30 anos, ambas manezinhas e formadas em Design de Moda pela Udesc, decidiram unir forças e abrir um espaço para abrigar e dar visibilidade para mulheres que empreendem no setor em Santa Catarina.

“Já compartilhávamos a um tempo a vontade de ter uma loja e a escolha do modelo colaborativo também sempre foi discutida entre nós, por acreditarmos que condizia com nossos valores”, explicam as sócias que inauguraram recentemente a Local Colab, no bairro Agronômica, em Florianópolis.

As empreendedoras contam que a vontade de abrir o espaço surgiu da necessidade de estar mais visível e em um ponto físico, pois, até então, o contato com os clientes era feito apenas pelo site, feiras e com pessoas que conheciam o ateliê da Rina Lab, marca própria de roupas femininas criada em 2017 por Beatriz e Camila.

               “Empreender não é fácil. Vem a insegurança, mas junto com ela a vontade de crescer e mostrar nosso potencial como criadoras. Botamos a mão na massa: ficamos um mês e meio planejando como seria a loja conversando com as marcas parceiras e construindo tudo com muito carinho”, conta Camila.

               Hoje a Local Colab abriga 14 marcas, todas produzidas por mulheres, sete araras, quatro nichos grandes, três médios, três pequenos e quatro prateleiras que apresentam roupas, acessórios, cosméticos e itens de decoração. São elas: Anthea Intimates, Ateliê Ro Fumagalli, Atelier 4797, Be.Cult, Cora Oestrem, Donatelo Eco, Leve Ser Cosméticos, Rina Lab, RV Swimwear, Sabrina Melo, Serafina Slow Fashion, The Lilled Small Town, Vanille e Bem ti vi. A grande maioria é de Florianópolis, mas há também marcas de Gaspar, Massaranduba e do Rio Grande do Sul.

            Para participar da loja é preciso entrar em contato e enviar uma proposta comercial. A partir disso é feito um contrato inicial de três meses e fica a critério da marca se a mesma continuará ou não. Beatriz explica ainda que, quando um produto é vendido, 80% fica para a marca e o restante para a loja colaborativa.

               “Aqui somos muito unidas e estamos sempre trocando ideias e colaborando uma com a outra. O empoderamento feminino é algo que vem crescendo, assim como a independência financeira e a liberdade da mulher. São mulheres talentosas e que acreditam no seu potencial”, conta Beatriz.