Com a rotina cada vez mais intensa, as residências passaram a ser uma extensão do trabalho, quando não o local principal, no caso de home office. Mas é preciso cuidado para que o local de descanso não se torne um ambiente carregado.
Por esse motivo, a designer de interiores Caroline Von Jelita vem trabalhando com o conceito Chill House, o chamado casa-refúgio, onde são realizados estudos para que todo o estresse do dia a dia se disfarce e apenas energias positivas permaneçam nas residências.
Mas como isso é feito? De acordo com Caroline, toda a união de texturas, cores e formas escolhidas pelo cliente e seu arquiteto farão do imóvel uma rota de fuga para momentos de estresse. “Nós acreditamos que isso interfere na produtividade, na rotina, na felicidade e saúde mental e que realmente é importante ter momento trabalho e casa, por isso, as idealizações escolhidas devem nutrir a alma de cada morador”, explica.
Para entender como o funcionamento do cérebro está atrelado à nossa rotina, a psicóloga Mariá Lisboa Diotallévy Román, destaca que a interrupção no trabalho, a falta de organização, falta de sono, pode contribuir para alta liberação de cortisol, hormônio relacionado ao estresse. “A neurociência nos ensina que o cérebro não é exatamente multitarefa. Na realidade, o que acontece quando realizamos um grande número de atividades ao mesmo tempo é uma alternância da atenção, que varia a cada momento para um elemento distinto”, relata.
Um ambiente de trabalho propício, organizado e sem excesso de estímulos é o ideal para boa produtividade. Além disso, o imóvel passa a ser um local de aconchego e autocuidado, possibilitando o tempo ideal de descanso, resultando em bons resultados no trabalho.