
Em 15 de abril, o mundo celebra o Dia Internacional da Arte, data que homenageia o nascimento de Leonardo da Vinci e exalta a arte como linguagem universal de expressão, reflexão e transformação. Em Florianópolis, esse movimento ganha ainda mais vida com as exposições que seguem abertas após a Maratona Cultural 2025, reforçando o papel das artes visuais como força pulsante na cidade.
Com mais de 200 mil pessoas reunidas em março durante o evento, a Maratona deixou um rastro de beleza e provocação que ainda pode ser vivido em dois espaços culturais da cidade: o Museu Victor Meirelles e a Galeria Municipal Pedro Paulo Vecchietti.
CAS(C)A CORPO, de Nestor Jr — até 10 de maio
📍 Museu Victor Meirelles (Rua Victor Meirelles, 59, Centro)
A exposição propõe um mergulho sensível entre corpo, território e memória, criando uma atmosfera envolvente de presença e escuta. Com curadoria de Francine Goudel, a mostra é um convite à introspecção e à conexão com o que é invisível aos olhos, mas presente na pele da cidade e de quem a habita.
Ouro Urbano + De lá para cá sentires imigrantes — até 25 de abril
📍 Galeria Pedro Paulo Vecchietti (Praça XV de Novembro, 180)
Com curadoria de Lívia de Pelegrin, a mostra Ouro Urbano reúne artistas negros que ressignificam símbolos urbanos e dão nova luz à estética da cidade. Bea Moreira, Trindadead, Maurício Garcias, Sil Lucas e Tauan Gon abordam temas como identidade, resistência e pertencimento com uma linguagem visual potente.
Na mesma galeria, o público também pode visitar a instalação “De lá para cá sentires imigrantes”, com curadoria e textos de Júlia Otero, que propõe um olhar afetuoso sobre os fluxos migratórios e suas marcas emocionais.
“As artes visuais atuam como um campo de diálogo, provocação e escuta. Elas tensionam o cotidiano, revelam histórias invisibilizadas e criam novas formas de pertencimento e de olhar para a cidade.”
— Francine Goudel, curadora e doutora em Artes Visuais
Durante a Maratona Cultural 2025, foram 37 exposições espalhadas por diversos bairros de Florianópolis. O impacto foi evidente: o Museu Victor Meirelles recebeu mais de 1.400 visitantes em um único fim de semana, número muito acima da média mensal de 300.
Para Paula Borges, presidente do Instituto Maratona Cultural, os números traduzem algo ainda maior:
“O envolvimento do público, a diversidade de propostas e a ocupação dos espaços culturais mostram que a arte é essencial para pensarmos e vivermos a cidade de forma mais sensível e plural.”