Victoria’s Secret se despediu definitivamente de suas angels. A empresa anunciou na última quinta-feira, 17.06, que não irá mais contar com as supermodelos para promover a marca. Agora, a divulgação será feita por um grupo de mulheres chamado VS Collective, entre elas a modelo Valentina Sampaio, a atriz Priyanka Chopra, a jogadora de futebol Megan Rapinoe e a esquiadora olímpica Eileen Gu.
Nos últimos anos, a empresa recebeu diversas críticas pela falta de pluralidade de corpos em suas campanhas e desfiles. Heidi Klum, Naomi Campbell, Tyra Banks, Miranda Kerr e as brasileiras Alessandra Ambrósio e Laís Ribeiro já fizeram parte do grupo de tops conhecido como angels.
Megan Rapinoe, um dos novos rostos da empresa, afirmou que a cultura das angels era “muito prejudicial”, pois refletia uma visão “patriarcal e sexista do que era ser sexy, vista pela lente de homens e do que os homens queriam”.
Em 2019, o diretor de marketing da Victoria’s Secret, Ed Rezek foi demitido após dar uma resposta considerada transfóbica e gordofóbica para justificar a falta de modelos transgênero e plus-size na empresa. Em suas palavras, o Victoria’s Secret Fashion Show “se tratava de uma fantasia”.
A marca tentou se retratar. Neste ano, a Victoria Secret relançou sua linha de moda praia com uma campanha feita por modelos plus-size, que contava com uma grade maior de tamanhos.